«A questão da Ucrânia, porque é a questão do momento, dominou a maior parte das intervenções» num encontro dos chefes da diplomacia dos países do Conselho da Europa, que teve lugar na capital austríaca.
«A questão da Ucrânia, porque é a questão do momento, dominou a maior parte das intervenções» num encontro dos chefes da diplomacia dos países do Conselho da Europa, que teve lugar na capital austríaca.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia e da Rússia estiveram ambos presentes na reunião. Machete disse que «o modo diplomático foi observado» e que a tensão «não transpareceu propriamente no tom ou nos modos mas nas palavras»dos participantes.
«Evidentemente, houve uma clara distinção entre aquilo que foi a intervenção russa e a dos países ocidentais», adiantou.
Machete disse que Portugal condena «veementemente» a anexação da Criméia e defende uma solução «através do diálogo que permita «repor a ordem».
O ministro português acrescentou ainda que, entre os membros da União Europeia, «basicamente há consenso» quanto à crise na Ucrânia.
«Os acentos tónicos podem ser aqui ou além um pouco diferentes mas, no que diz respeito às questões essenciais, de que houve uma violação dos direitos fundamentais, de que a integridade territorial da Ucrânia não foi respeitada, de que existe um comportamento claramente ilegal e censurável por parte da Federação Russa não há nenhumas divergências», afirmou Machete.
A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do Conselho da Europa realizada hoje em Viena destinou-se a marcar o 65.º aniversário da organização, bem como a transferência da sua presidência rotativa da Áustria para o Azerbaijão.
O Conselho da Europa é uma instituição deliberativa que visa a promoção da paz. Tem actualmente 47 membros, incluindo todos os 28 Estados da União Europeia. Portugal faz parte da organização desde 1976.
Tanto a Ucrânia como a Rússia são igualmente membros do Conselho da Europa. Em Abril, a Rússia foi suspensa da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa devido à anexação da península ucraniana da Criméia.
Fonte: Lusa/SOL ( http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=104957 )