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O Artigo «Isto são «militares russos», não «forças pró-russas»» publicado na edição do jornal «Público»
16 maio 2014 16:28

Opinião 16/05/2014  A Ucrânia não deve ser deixada sozinha face à agressão. Após a anexação da Crimeia, o Kremlin passou à segunda fase da guerra na Ucrânia, começando a operação secreta nas regiões do Leste do país e seguindo o mesmo guião que tinha sido aplicado na Crimeia.  

O que prevê, em primeiro lugar, deslocação das forças militares profissionais e dos mercenários no território da Ucrânia, em segundo, suborno dos radicais locais e criminosos para que os mesmos posem como “as forças pró-russas” e, em terceiro, tentativas de fazer pensar que o tumulto vem da população. Mas a realidade é absolutamente outra. Ao contrário da Euromaidan em Kiev entre Dezembro e Fevereiro, o que se passa agora não é uma revolta interna, mas uma agressão plenamente estrangeira contra a Ucrânia.

Há provas substanciais de deslocação dos “grupos de operações especiais” na Ucrânia, mas não há ucranianos neles. Os grupos compõem-se de mercenários profissionais russos a travarem uma guerra no território da Ucrânia. Alguns deles têm sido reconhecidos das acções na Crimeia, alguns são parecidos com os da Geórgia-2008. Sabotadores de nacionalidade russa têm sido detectados em todo o país. Isto e outros factores, incluindo a transmissão de rádio interceptada, confirmam o facto de que os invasores são estrangeiros.

A Ucrânia está a lutar, não podendo permitir que as unidades de operações especiais equipadas pela Rússia, pagas pela Rússia e deslocadas pela Rússia espalhem o medo entre o povo ucraniano. A população do Leste da Ucrânia tem medo de estrangeiros em uniforme verde a chegarem e a arruinarem a sua vida quotidiana. A obrigação directa do Governo da Ucrânia é pará-los e proteger o seu próprio povo. Ao fazê-lo, o Governo tem direito de contar com o apoio da comunidade internacional.

A Rússia acha que encontrou um meio infalível de conduzir uma guerra, sem chamar as coisas pelos seus nomes e por negar categoricamente a verdade. Mas a mentira é a mentira, e a agressão é a agressão, e não importa como a Rússia chama a isso e quanto fumo faz a propaganda russa. O mundo deve saber isso. As provas estão em todo o lado.

No dia 13 de Abril, a Rússia convocou a reunião do Conselho de Segurança da ONU para “expressar a preocupação” pela situação criada, na realidade, por ela própria. É notável que a Rússia não tenha convocado nenhuma reunião do Conselho de Segurança quando milhares de pessoas foram assassinadas na Tchetchénia. Mas, desta vez, a Rússia diz que “está preocupada”. Ora bem, se ela estiver, há três passos para resolver o problema: (1) parar o que a Rússia tem feito na Ucrânia nos últimos dois meses; (2) começar imediatamente um processo de resolução; (3) voltar às negociações e às relações bilaterais dentro dos limites do direito internacional.

Neste caso é necessário lembrar que as acções do Governo russo põem em perigo não só a integridade territorial da Ucrânia, mas a segurança da região europeia inteira. Ao ajudar a Ucrânia a resistir à agressão e manter a independência nacional, a Comunidade Europeia protege assim os valores europeus, tomando em conta o risco directo de o Kremlin continuar a realizar as suas ambições imperiais por via da anexação dos territórios adjacentes dos países vizinhos.

A Ucrânia não deve ser deixada sozinha face à agressão. Apenas os esforços unidos da comunidade internacional inteira ajudarão a evitar uma crise militar de grande escala, a qual pode destruir os resultados democráticos já alcançados pela humanidade durante os últimos 70 anos posteriores à Segunda Guerra Mundial.

Nesse contexto, os ucranianos apreciam o apoio consistente da parte portuguesa à manutenção da integridade territorial da Ucrânia.

(conforme os materiais enviados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia)

Fonte: Público (http://www.publico.pt/mundo/noticia/isto-sao-militares-russos-nao-forcas-prorussas-1636072)

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