#UkraineRemembers Durante a Segunda Guerra Mundial, a Ucrânia estava no meio de uma batalha feroz. Segundo os historiadores, no curso das operações militares no território da Ucrânia, pereceram cerca de três milhões de soldados e oficiais soviéticos e cerca de 1,4 milhões de prisioneiros de guerra.
Em território ocupado da Ucrânia pereceram cerca de 3,9 milhões de pessoas - um em cada seis habitantes. Mais de 2 milhões dos ucranianos foram levados para trabalho forçado na Alemanha. Totalmente ou parcialmente foram destruídos mais de 700 cidades e 28 mil das aldeias, cerca de 10 milhões das pessoas ficaram desabrigadas, foram destruídas mais de 16 mil das empresas industriais.
Prestamos homenagem aos soldados que morreram em batalhas pela libertação da Ucrânia, e aos civis afetados pelas ações de ocupantes nazis. A Ucrânia lembrará para sempre aqueles que a defendeu e a libertou, e pagaram alto preço com as suas próprias vidas durante os anos de guerra.
Não se apagaram ainda da memória do povo ucraniano as recordações sobre os horrores da ocupação nazista, como parte do território da Ucrânia foi novamente ocupada por um Estado estrangeiro. Hoje, mais uma vez com a arma nas mãos, o povo ucraniano está obrigado a defender a liberdade, a independência e a integridade territorial da sua Pátria. Novamente há derramamento de sangue.
O cinismo da situação atual é que às terras ucranianas com armas veio a Rússia, com o povo da qual e dos outros povos da ex-União Soviética os ucranianos lutaram obro a ombro contra a invasão nazista.
Ao violar os princípios fundamentais do direito internacional, o Memorando de Budapeste sobre as garantias à Ucrânia em resultado da renuncia das armas nucleares, de que a Federação da Rússia é um dos signatários, suas tropas regulares ocuparam a República Autónoma da Crimeia, invadiram a Ucrânia do Leste do país, ao apoiar os terroristas, quais desencadearam uma guerra real contra o Estado da Ucrânia e o Povo Ucraniano. Ora, a Rússia atravancou-se no caminho daqueles, contra os quais todo o mundo civilizado interveio há 70 anos.
Hoje em dia, a política russa agressiva está apoiada, sem precedentes, por um nível alto de orientações ultranacionalistas e chauvinistas dos russos, saiu fora dos quadros da medição ucraniana e é percebida pela comunidade mundial como uma ameaça à paz e à segurança internacionais.
A Ucrânia espera que os acontecimentos de 70 anos passados, bem como a memória dos milhões que morreram na Segunda Guerra Mundial e os milhares de vítimas da política agressiva atual do governo russo, obrigarão a atual liderança da Federação da Rússia a tomar medidas reais que facilitem a retirada das tropas dos territórios ocupados, a cessar-fogo, a regular a situação no Donbas e na Criméia, na base do respeito pela integridade territorial, a soberania e a inviolabilidade das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia.
Outubro 2014
Embaixada da Ucrânia em Portugal