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22 de janeiro é o Dia da Reunificação da Ucrânia
21 janeiro 2015 21:48

O dia 22 de Janeiro de 1919 é o dia de aprovação do Acto de Reunificação da República Popular da Ucrânia (RPU) e da República Popular da Ucrânia Ocidental. Esta data ficou para sempre inscrita na Historia da Ucrânia como uma festa nacional – o Dia da Reunificação.          

O Decreto da Directoria da RPU dizia, neste sentido, que “tornaram-se realidade os sonhos pelos quais, desde os tempos remotos, viviam e morriam os melhores filhos da Ucrânia. De aqui em diante existe a Republica Popular da Ucrânia, unida e independente”. Assim, com o apoio nos sonhos seculares e na ampla manifestação da vontade dos ucranianos das duas partes da Ucrânia, levando em conta os aspectos objectivos, históricos, políticos, espirituais e legais deste processo duradouro e doloroso, ergueu-se o Estado Ucraniano unido.


A Acta de Reunificação apoiava-se num antigo sonho do povo ucraniano sobre um Estado nacional, reunificado e independente. Esta Acta foi uma potente manifestação da vontade de um Estado nacional, da vontade dos ucranianos a ser etnica- e territorialmente consolidados, uma prova da sua identificação dinâmica, formação de uma nação política.
É importante o facto da legitimidade do processo final da reunificação que antecedeu à Acta de Reunificação. Os promotores do movimento reunificador, o Conselho Nacional Ucraniano e a Directoria da República Popular da Ucrânia, assinaram ainda no dia 1 de Dezembro de 1918 o Tratado Preliminar sobre as intenções de reunir a população e os territórios das duas partes num só Estado.


Mas, como é sabido, naquelas difíceis condições políticas internas e externas não foi possível realizar a sua oportunidade histórica. A Ucrânia continuava sem ter o Estado, a ser etnicamente separada, territorialmente dividida e nacionalmente oprimida. A perda da soberania transformou de novo a reunificação das terras ucranianas num ideal, num sonho não realizado, num desejo eterno.

Se no final da Primeira Guerra Mundial os esforços do povo ucraniano na  reunificação fracassaram, a Segunda Guerra Mundial passou a ser um catalisador da reunificação das partes separadas da Ucrânia. As mesmas encontraram-se na órbita dos interesses geopolíticos dos regimes totalitários antagonistas – o soviético e o nazi. Na sequência de uma nova divisão da Europa no ano de 1939, as terras da Ucrânia Ocidental foram incorporadas na URSS.     

Sem dúvida, os então dirigentes soviéticos estavam a resolver as suas próprias tarefas estratégicas, aumentando o corpo territorial do Estado, e o que menos os preocupava era a reunificação da Ucrânia e a consolidação étnica dos ucranianos. Pelo contrário, os dirigentes soviéticos compreendiam que a população da Ucrânia Ocidental, a da Galícia em particular, trazia aos territórios orientais da república o perigo de “divulgação do nacionalismo burguês ucraniano”. Este foi o motivo dos métodos tão cruéis da “comunisação”, das repressões em massa, das numerosas deportações da população, do apaziguamento fratricida da Ucrânia Ocidental após a guerra.            

Dadas as diferentes interpretações da “contribuição” estalinista na reunificação das terras ucranianas, não se pode negar que a convivência soviética dos ucranianos na mesma república criou uma certa base para a integração territorial e para a autodeterminação nacional.      

A história posterior do povo ucraniano provou a grande significação da união dos dois ramos do mesmo povo. A herança ideológica da reunificação, a vontade nacional do povo unido foi confirmada no Referendo Nacional Ucraniano em 1991 quando os ucranianos do Este e do Oeste votaram por um Estado soberano e independente.     

Os acontecimentos do Janeiro de 1919 chegaram a ser uma página heróica da nossa história, um património inestimável do acervo espiritual do povo ucraniano, a prova das suas grandes proezas e dos fracassos dramáticos. Portanto, o factor consolidante da união na Ucrânia independente de hoje é a concórdia inter-étnica e a paz, uma tolerante convivência da nação titular com os povos autóctones, as minorias étnicas. Preservar um dos essenciais patrimónios da Ucrânia contemporânea – a concórdia inter-étnica não é apenas um imperativo do tempo, mas também uma garantia da existência do Estado soberano e unido.                 

A celebração do Dia da Reunificação da Ucrânia, a homenagem aos criadores da Acta da Reunificação não é apenas uma necessidade social, mas também um dever moral – preservar a saudosa memória das vítimas inumeráveis, sacrificadas pelo povo ucraniano, em prol da independência, da reunificação e da soberania.              

Janeiro de 2015

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