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Ucrânia espera que tribunal russo ainda declare não culpada Nadia Savtchenko
23 março 2016 19:36

O desejo foi expresso pela Embaixadora da Ucrânia em Lisboa sobre a piloto de helicópteros acusada da morte de dois jornalistas russos em 2014 no leste separatista da Ucrânia    

A Embaixadora da Ucrânia disse esta quarta-feira à Lusa que o seu Governo aguarda que o tribunal russo reconsidere a sua decisão e declare não-culpada a piloto e deputada Nadia Savtchenko, condenada terça-feira a 22 anos de prisão. 

"Esperamos que o tribunal russo reconsidere este caso e Nadia Savtchenko seja declarada não culpada", referiu em declarações por telefone à Lusa a Embaixadora Inna Ohnivets, um dia após a justiça russa ter condenado a militar ucraniana a 22 anos de detenção após um polémico processo em que foi considerada culpada pela morte, em Junho de 2014, de dois jornalistas russos no leste separatista da Ucrânia. 

A representante diplomática de Kiev sublinhou que após o conhecimento da sentença, "a procuradoria-geral ucraniana desencadeou um processo penal contra os procuradores russos e outros responsáveis envolvidos no indiciamento ilegal" de Nadia Savtchenko.

"Este procedimento foi dirigido de início contra três juízes do tribunal, acusados à luz do artigo 375 do código penal ucraniano por terem emitido uma deliberação judicial ilegal", afirmou.

"O gabinete do procurador da Ucrânia também desencadeou procedimentos legais" contra três outros responsáveis judiciais russos, precisou. 

Inna Ohnivets insistiu no facto de a acusada "estar a defender o seu país contra os agressores russos, tendo sido raptada em Junho de 2014 perto de Lugansk, no leste da Ucrânia, por separatistas apoiados pela Rússia", e de seguida "transferida ilegalmente através da fronteira entre a Ucrânia e a Rússia e detida na Rússia". 

A piloto foi de imediato indiciada por um tribunal russo pela morte de dois jornalistas russos "e ainda por cruzar ilegalmente" a fronteira. 

"Mas este veredicto é ilegal por ser baseado em acusações sem fundamento contra uma cidadã ucraniana. Nadia Savtchenko é membro do parlamento ucraniano e o tribunal russo recusou considerar as provas da sua inocência, fornecidas pelos seus advogados", adiantou a embaixadora. 

"Na qualidade de deputada, Nadia Savtchenko beneficia de imunidade, que o tribunal russo recusou reconhecer", frisou.

Ao reforçar a posição do Governo de Kiev, a embaixadora assinalou ainda que a Ucrânia "condena firmemente o designado veredito do tribunal russo e exige a libertação imediata de Nadia Savtchenko", antes de recordar que existem outros cidadãos ucranianos "que estão detidos ilegalmente em território da Rússia por defenderem a independência da Ucrânia". 

O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que considerou uma prioridade obter a libertação desta mulher de 34 anos, também propôs a Moscovo a sua troca por dois presumíveis agentes dos serviços de informações militares russos, detidos há vários meses na Ucrânia, mas que Moscovo recusou no imediato. 

Na terça-feira, questionado pela agência noticiosa russa Ria Novosti, sobre a eventualidade desta troca, o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov, indicou que a Rússia "respeitaria a sua legislação nacional" e que apenas o Presidente Vladimir Putin pode decidir em último recurso.

Logo após a divulgação desta condenação, Kiev acusou a Rússia de violar os acordos de paz de Minsk e ignorar os apelos de diversos responsáveis políticos e organizações internacionais de direitos humanos, acusando o tribunal moscovita de actuar como uma "ferramenta de propaganda russa". 

O Executivo ucraniano prometeu "aplicar todos os esforços e aumentar a pressão sobre a Rússia" para a libertação de Nadia Savchenko e assegurou que "nunca vai reconhecer o processo nem o chamado veredicto que pela sua absurdidade e crueldade demonstram o regresso da justiça russa ao período estalinista".

LUSA , Pedro C. Rodrigues

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