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A Embaixadora ucraniana em Lisboa, Inna Ohnivets, referiu hoje à Lusa que o destino do Acordo de associação UE-Ucrânia, rejeitado quarta-feira em referendo na Holanda, "está nas mãos do Governo" de Haia.
08 abril 2016 18:31

O referendo é de natureza consultiva e agora o destino do Acordo de Associação está nas mãos do Governo da Holanda. No caso de aplicação dos resultados do referendo, as consequências serão mais difíceis para a União Europeia [UE], à qual os eleitores holandeses deram um golpe duro, especialmente na véspera dum referendo no Reino Unido acerca da saída deste país da UE", refere Inna Ohnivets numa nota enviada à Lusa e escrita em português. 

Na quarta-feira, os eleitores holandeses rejeitaram um Acordo de associação entre a Ucrânia e a UE, instrumento que permite remover as barreiras comerciais com Kiev.

Apesar da baixa taxa de participação, 32,2%, a votação foi considerada válida, uma vez que superou os 30%.

O acordo foi rejeitado por 61,1% dos eleitores, contra 38,1% de votos favoráveis e o referendo foi encarado como um barómetro do sentimento anti-UE, tendo sido rapidamente aplaudido pelos grupos eurocéticos.

Apesar do resultado da consulta, a representante diplomática de Kiev indica que a integração europeia da Ucrânia permanece "inalterada" e o Acordo de Associação continuará a ser aplicado numa "base temporária", recordando ainda os esforços do seu país para "convencer os cidadãos holandeses" votarem favoravelmente o acordo com Bruxelas.

No comunicado, Inna Ohnivets assegura que "os adversários da Ucrânia foram apoiados pela Rússia" e utilizaram "por vezes literalmente os argumentos russos ou argumentos artificiais e especulativos, desprovidos de lógica e bom senso".

No texto refere-se ainda que os organizadores do referendo admitiram "não se preocuparem" com o futuro da Ucrânia e que o principal objetivo consistia em "atacar seu próprio governo e a UE e para fazer sair a Holanda da UE. Na verdade, eles fizeram da Ucrânia seu refém".

Na perspetiva da embaixadora, o resultado da consulta reflete diversas preocupações dos cidadãos holandeses que não podem ser associadas à Ucrânia: insatisfação com o governo, crise migratória, euroceticismo, aumento da ameaça terrorista, medo da deterioração da situação económica, e insiste na sua "natureza consultiva".

"A decisão final sobre a ratificação do Acordo será aprovada pelo Governo [holandês] após das respetivas discussões e procedimentos internos. A Ucrânia espera que nos resultados da análise política dos resultados do referendo, o governo holandês tome uma decisão que corresponda aos interesses da Ucrânia, da Holanda e a UE em geral".

Após garantir que a Ucrânia "não quer a unificação com a Rússia ou voltar aos dias da URSS, e pretende tornar-se membro de pleno direito da UE", o comunicado conclui com uma citação do Presidente ucraniano Petro Poroshenko: "Nós não iremos desviar do caminho da integração europeia. A Ucrânia, como a liberdade, não poder ser interrompida".

 

LUSA , Pedro C. Rodrigues

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