O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia expressa o seu protesto resoluto sobre mais uma onda de perseguições e detenções ilegais na República Autónoma da Crimeia, temporariamente ocupada pela Rússia.
De acordo com fontes de informação, durante a manhã de 8 de novembro, as autoridades de ocupação russas reterão um ativista local e fotógrafo, Seytumer Seytumerov, por realizar uma série de pesquisas ilegais nas cidades de Bakhchysarai, Staryi Krym e nas aldeias de Zarichne e Kirovske.
Uma nova onda de repressão atesta a pressão constante e deliberada do Kremlin sobre os membros da associação "Solidariedade da Crimeia", composta por familiares de cidadãos ucranianos detidos ilegalmente na Crimeia, ativistas e advogados.
A repressão à "Solidariedade da Crimeia" é uma tentativa de intimidar aqueles que ajudam as famílias de cidadãos ucranianos ilegalmente presos na Crimeia ocupada e que dizem a verdade sobre as políticas repressivas do Kremlin na península, apesar das ameaças das autoridades de ocupação russas.
Da primeira onda de perseguições à "Solidariedade da Crimeia", resultaram as detenções de Timur Ibrahimov, Marlen Asanov, Memet Belyalov, Ernest Ametov, Serhiy Zekeryaev e Seyran Saliyev na cidade de Bakhchysarai, a 11 de outubro de 2017.
O Kremlin recorre a métodos indecentes para forçar os ativistas e familiares de prisioneiros políticos ucranianos a permanecer em silêncio e a abandonar iniciativas de solidariedade e assistência mútua.
Não há direito à liberdade de expressão nem à reunião pacífica na Crimeia temporariamente ocupada pela Rússia. Os ocupantes russos percebem sua fraqueza e temem que a verdade sobre os crimes da Rússia na Crimeia, pelos quais serão certamente levados à justiça, se estenda além da península.
Exigimos que a Rússia cesse o estado de ilegalidade no território temporariamente ocupado da Ucrânia e assegure o livre-acesso das missões internacionais de monitoramento na península da Crimeia.
A Ucrânia pede à comunidade internacional que condene publicamente as massivas violações dos direitos humanos e das liberdades fundamentais na Crimeia temporariamente ocupada pela Rússia, que interpele a favor da população da Crimeia, que está a sofrer as repressões das autoridades de ocupação russas, e para aumentar a pressão em determinadas sanções contra o estado agressor.