Hoje, os ucranianos homenageiam a memória das vítimas inocentes de uma das maiores tragédias da história do povo ucraniano – o Holodomor de 1932-1933.
Este crime do governo soviético é considerado um dos crimes mais brutais e em grande escala contra a humanidade do século XX. O genocídio amplamente planeado e realizado contra o povo ucraniano ceifou diariamente mais de mil vidas. Como resultado, milhões morreram e muitos mais não nasceram. Esse foi o preço que os ucranianos "pagaram" por tentarem restaurar a sua independência nacional em 1917-1920.
Durante décadas, a memória da tragédia nacional dos ucranianos foi destruída e os próprios factos do Holodomor foram negados. Contudo, graças aos esforços conjuntos dos governos da Ucrânia independente, académicos, comunidades ucranianas no exterior e diplomatas, a luta para reconhecer o Holodomor como genocídio tornou-se uma prioridade na política externa e começou a dar frutos: o Holodomor teve o reconhecimento oficial ao nível de governos estrangeiros, parlamentos e organizações internacionais.
O reconhecimento internacional do Holodomor de 1932-33 como genocídio deve constituir uma manifestação de solidariedade internacional para com o povo ucraniano. Honrar adequadamente a memória das vítimas e estudar exaustivamente os crimes do regime soviético é um dever moral comum e uma forma eficaz de prevenir a ocorrência de tragédias semelhantes no futuro.