As chamadas eleições na Crimeia constituem ainda mais uma evidência do desrespeito do Kremlin perante documentos e princípios fundamentais, sobre os quais a paz e a segurança internacionais se basearam nos últimos 70 anos, em particular, a Carta das Nações Unidas e a Ata Final de Helsínquia. 
Os resultados de uma eleição ilegal são nulos e vazios, e não terão quaisquer consequências legais. Eleições presidenciais na Crimeia apenas podem ser conduzidas para eleger o presidente da Ucrânia.
Esta é mais uma tentativa do Kremlin de legitimar a sua agressão e anexação que está condenada ao fracasso. 
Eu fico grato aos nossos parceiros internacionais pela sua posição clara e intransigente, expressa na véspera das eleições ilegais, de que tais resultados não serão reconhecidos e de que a Crimeia é parte integrante da Ucrânia.
Congratulo também a decisão da OSCE e dos nossos outros parceiros internacionais em não tomar parte na monitorização das eleições ilegais conduzidas na Crimeia ocupada, e espero que o relatório final da missão internacional indique claramente a ilegalidade das eleições russas levadas a cabo no território ucraniano da Crimeia.
Fico igualmente grato aos habitantes da Crimeia que não participaram desta farsa, apesar da séria pressão a que foram submetidos. Os mesmos foram ameaçados, forçados, aliciados para as chamadas mesas eleitorais com presentes, mas o seu protesto silencioso testemunhou com eloquência que – a Crimeia é Ucrânia!
Nem a "participação na votação" fixa nem o "resultado" inventado correspondem à ação real dos habitantes da península. Os "dados" oficiais publicados não são mais do que uma falsificação. E usando a expressão do famoso idioma russo, este é um papel sem valor. O Kremlin vai agora usá-lo na guerra de informações híbridas que conduz não só contra a Ucrânia, mas também contra o mundo inteiro.
A Crimeia ucraniana, agrilhoada à ocupação russa, tornou-se numa península de não-liberdade e numa base militar. 
Intensificaremos os nossos esforços, inclusive no âmbito das organizações internacionais e autoridades judiciais, com o objetivo de pôr fim à grave violação dos direitos humanos conduzidas pelas autoridades de ocupação na Crimeia. A Ucrânia continuará a lutar pela libertação de todos os presos políticos ucranianos que estão atrás das grades na península e na Rússia.
É necessário fazer uma lista daqueles que planearam, promoveram, organizaram, fizeram campanha ou participaram neste prudente processo eleitoral na Crimeia, e apresentá-la para robustecer as sanções contra as autoridades ocupantes russas.
A legitimidade das eleições presidenciais na Rússia e o candidato supostamente eleito não são apenas questionados pela conduta ilegal de votação na Crimeia temporariamente ocupada. Trata-se, em geral, de uma farsa política que nada tem que ver com eleições num sentido democrático desse processo. É uma escolha sem escolha, sem uma verdadeira concorrência política, sem liberdade de expressão e sem oportunidades iguais.
Apelamos aos parceiros internacionais para que aumentem a pressão das sanções ao Kremlin, e não apenas pelas agressões contra a Ucrânia, mas também pela Guerra híbrida contra toda a Comunidade Europeia e Euro-Atlântica, por assassinatos políticos no estrangeiro e pela supressão da democracia na própria Rússia. 
Com os esforços conjuntos, da nossa unidade e da solidariedade internacional, asseguraremos a desocupação da Crimeia, o restabelecimento da soberania e integridade territorial da Ucrânia e o respeito pelo direito internacional!